segunda-feira, 30 de junho de 2008

Trabalhe

Você deve trabalhar. Mas não trabalhe muito, nem pouco.

Se você trabalha muito, não deixa espaço para desenvolver suas outras inteligências, nem para realizar as outras tarefas cotidianas.

Se você trabalha pouco, deixa de contribuir para melhorar o mundo, deixa de ajudar o sistema a funcionar (ainda que talvez você não concorde com ele), deixa de conhecer pessoas, deixa de alimentar alguma ambição de tornar uma pessoa melhor no mundo real.

Trabalhar, na verdade, é muito fácil.

Dicífil é trabalhar, estudar, namorar, se divertir, aprontar, conviver com as diferenças, etc. Podemos dizer até que trabalhar é a mais fácil das tarefas, ainda mais se você tem um chefe. É só seguir as ordens e pronto. Quer coisa mais fácil do que isso? Desde pequeno você já segue ordens do pai, da mãe ou de quem te criou. Basta continuar seguindo ordens a vida toda e pronto, você estará trabalhando.

E quanto a estudar? É uma tarefa árdua, você não vê resultado imediato, a não ser algumas notas. Além disso, precisa passar horas e horas com a bunda na cadeira, lendo livros e apostilas, para descobrir novas maneiras de pensar e compreender assuntos diversos. Estudar não é apenas ler jornais, manter-se informado ou conversar sobre assuntos diversos, é também ler livros de português, praticar o português correto, fazer contas matemáticas, entender porque a história tem tanta influência nos dias atuais, e como a estórias se repetem (as guerras, as armações, tudo já aconteceu no passado, e repetimos os erros). Isso é estudar! Aprender novas tecnologias, aprender a fazer o que já fazemos de maneira mais eficiente; e, quando possível, aplicar no nosso dia-a-dia. Podemos também estudar para passar em concursos e conseguir um emprego melhor.

É preciso namorar. Estar com o sexo oposto, frequentar ambientes onde estão as pessoas, ligar para elas, mandar emails, torpedos, visitar as casas noturnas, etc. Fique alguns dias sem meter (homens) ou sem dar (mulheres) e estará atrapalhando sua saúde, afinal, é uma necessidade como qualquer outra.

Para conviver com as diferenças é preciso exercitar a paciência e a compreensão. Afinal, se quisermos que a outra pessoa pense o que a gente pensa, e aja como a gente age, não estaremos respeitando essa outra pessoa. O que você pode fazer é mostrar sua opinião, apresentar fatos e assim tentar convencer a outra pessoa de que é melhor agir assim ou daquela maneira, mas obrigar alguém a fazer algo que você acha certo é uma maneira certa de tornar-se inesquecível para aquela pessoa (ela irá lembrar de você como um babaca, mal educado, grosso e coisas assim). Respeite as diferenças, coloque as pessoas antes do trabalho, e obterá o que elas têm de melhor pra você.

Mas tudo isso será bastante difícil de executar se você insistir em trabalhar muito, e pressionar aqueles que estão ao seu redor para que imprimam também um ritmo alucinado como o seu.

Na música, metade da beleza é o som, a outra metade é o silêncio. Quando alguém fala demais, há um grande desejo posterior de silêncio, e assim não há forma de haver uma boa conversa.

Quando você trabalha demais, não deixa tempo para si nem para os outros ponderarem se aquela é a melhor forma de realizar o trabalho. É algo como abaixar a cabeça e seguir correndo: às vezes é necessário parar um pouco e olhar para os lados, pra verificar se está indo na direção certa.

Quer impor um ritmo? Exija das pessoas resultados, e não atitudes. Alguém sem atitudes iguais às suas pode trazer resultados que você precisa. Aceite essa diversidade.

Nem precisa dizer que alguém que está satisfeito trabalha melhor, isso é lógico. Mas se você estiver trabalhando demais, não vai ligar para os itens citados (estudar, namorar, divertir-se), e não vai achar que as pessoas que trabalham com você também precisar cuidar desses itens. Aí esculhamba de vez, é infelicidade propagada.

Se precisar trabalhar demais por um período, faça. Mas não por muito tempo: é preciso cuidar de todos os aspectos da vida.

Não trabalhe demais para ter muito, não precisamos de tanto para viver.

Atinja seu equilíbrio entre trabalho, lazer, aprendizagem e convivência, assim estará se tornando uma pessoa cada vez melhor para aqueles que te rodeiam.

2 comentários:

Léia disse...

Oi amore...legal sua postagem sobre o trabalho! É bem por aí mesmo...trabalhar é muito bom sim, mas não muito..rss..não é "saudável" ficar escravo do trabalho. É preciso saber "dosar", saber até que ponto vale a pena dedicar todo seu tempo ao trabalho, se com isso vc não está deixando de viver. É uma conta matemática...diminuir o trabalho, dividir seu tempo pra fazer outras atividades, e somar qualidade de vida à sua vida. Isso vai te trazer um equilíbrio e uma alegria de viver bem maior!!
Por falar em qualidade de vida, vou escrever sobre isso no meu blog....rss...obrigada pela idéia, amor!!

Bjos.
Léia.

Maicon Bez Fontana disse...

Legal hylson..
hehehe
virou vendedor de muamba tambem?
eheheh
abraço e boa sorte!